O dólar caiu para R$ 5,38 nesta terça-feira (12), registrando o menor valor em mais de um ano e impulsionando o otimismo no mercado financeiro brasileiro. Ao mesmo tempo, a bolsa de valores brasileira, representada pelo Ibovespa, subiu 1,69% e atingiu 137.914 pontos, o maior nível em mais de um mês.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,386, com queda de 1,06% (-R$ 0,058). A cotação começou estável, mas recuou fortemente após a divulgação dos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos. Este é o menor patamar desde 14 de junho de 2024, quando também esteve em R$ 5,38. No acumulado de agosto, a moeda americana já caiu 3,82%, e no ano, o recuo chega a 12,83%. O euro comercial também caiu, recuando 0,46% e fechando em R$ 6,28.
Dados de inflação impulsionaram o mercado
A queda do dólar foi influenciada pela divulgação de que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos ficou em 0,2% em julho e 2,7% no acumulado de 12 meses. Como o resultado veio dentro das expectativas, aumentaram as apostas de que o Federal Reserve (Fed) reduza os juros em setembro, favorecendo mercados emergentes como o Brasil.
No cenário interno, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,26% em julho, abaixo do esperado pelo mercado. Apesar da pressão da bandeira vermelha na conta de luz, o resultado trouxe alívio e contribuiu para a queda dos juros futuros.
Ibovespa atinge maior nível desde antes do tarifaço de Trump
O Ibovespa fechou aos 137.914 pontos, maior patamar desde 8 de julho, um dia antes do anúncio do tarifaço do governo de Donald Trump. O recuo do dólar e a expectativa de juros menores no Brasil e nos EUA atraíram fluxos estrangeiros para a bolsa.
Combinando a queda do dólar para R$ 5,38 e a alta do Ibovespa, o dia foi marcado por forte otimismo no mercado financeiro, que agora mira as decisões monetárias do Fed e do Banco Central brasileiro nos próximos meses.