A vereadora Jô Oliveira (PCdoB) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Campina Grande, nesta quarta-feira (12), para cobrar providências urgentes sobre o caso de violência obstétrica ocorrido no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea). O caso ganhou repercussão após a morte de um bebê e a retirada do útero da mãe durante o parto, levantando um debate sobre a negligência médica e a violação dos direitos das gestantes.
Pronunciamento
Durante seu discurso, Jô Oliveira destacou que, muitas vezes, o viés religioso e moral fala mais alto do que a real necessidade de acompanhamento psicológico das vítimas. A vereadora reforçou a importância de não silenciar essas vozes e alertou para a gravidade do problema:
"É importante que a gente não deixe essas vozes serem silenciadas. Se a gente fizer qualquer publicação sobre violência obstétrica, vocês vão ver a quantidade de relatos que vão chover de mulheres que sofreram violência."
Jô Oliveira, que já tem histórico de luta em defesa das mulheres, afirmou que continuará cobrando das autoridades investigações rigorosas e políticas públicas que garantam partos humanizados e o respeito aos direitos das gestantes.
O caso
O caso do Isea está sendo investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pela Polícia Civil, enquanto a Secretaria de Saúde de Campina Grande já afastou um médico e anunciou a sindicância para apurar as responsabilidades dos profissionais envolvidos.
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