A Prefeitura de Campina Grande anunciou que o Restaurante Popular, uma das principais alternativas de alimentação para pessoas em situação de vulnerabilidade, terá suas atividades suspensas entre os dias 26 de dezembro e 13 de janeiro de 2025. A decisão, justificada como necessária para manutenção do maquinário, gerou indignação e preocupação entre os usuários do serviço, que dependem dele para se alimentar, especialmente em um período tão crítico como o fim de ano.
O secretário de Assistência Social, Fábio Thoma, minimizou as críticas em torno da suspensão, afirmando que a medida é uma prática anual. "Ano passado houve do mesmo jeito, eu não sei para que alarde tão grande. Nossas casas de acolhimento, como o Centro Pop e Zuleide Porto, continuarão fornecendo alimentação para as pessoas carentes", declarou ao @blogmauriliojunior.
No entanto, a fala do secretário soou insensível para quem conhece a realidade de muitas famílias carentes de Campina Grande. Para muitos, o Restaurante Popular é a única fonte de uma refeição digna, e sua ausência por quase um mês pode agravar ainda mais as dificuldades enfrentadas.
População em Situação de Vulnerabilidade Preocupada
A suspensão do serviço afeta diretamente milhares de pessoas que já vivem em condições precárias. O período de fim de ano e início de janeiro é particularmente desafiador, com poucas alternativas disponíveis para alimentação. A justificativa de manutenção anual, embora técnica, demonstra, na visão de muitos, falta de planejamento para evitar impactos negativos à população mais necessitada.
Alternativas Insuficientes
Embora o secretário tenha mencionado que o Centro Pop e o Zuleide Porto continuarão oferecendo alimentação, essas unidades possuem capacidade limitada e não atendem à demanda total do público assistido pelo Restaurante Popular. A falta de um plano alternativo robusto para atender a essa população reforça as críticas à gestão municipal e à condução da política de assistência social.
Falta de Planejamento e Insensibilidade
A ausência de medidas preventivas ou a busca por soluções menos drásticas, como manutenção escalonada ou em períodos de menor impacto, levanta questionamentos sobre o planejamento da Prefeitura. A suspensão total do serviço em um período tão delicado para os mais pobres evidencia falta de sensibilidade com quem mais precisa, reforçando a ideia de abandono por parte do poder público.
Enquanto a gestão municipal promete retomar o funcionamento do restaurante em 14 de janeiro de 2025, as consequências da ausência do serviço no fim de ano já estão sendo sentidas por quem depende dele. A pergunta que fica é: quem cuidará dessas pessoas durante quase um mês sem essa assistência?